terça-feira, 29 de junho de 2010

GPS

terça-feira, 29 de junho de 2010
O GPS tem se tornado cada vez mais indispensável nos deslocamentos pelas ruas da metrópole. O seu uso nos automóveis substitui quase por completo a memorização de caminhos para acessar algum endereço. O aparelho não apenas traça a rota, mas sugere percursos alternativos aos congestionamentos da cidade, transformando, muitas vezes, pequenas ruas em avenidas movimentadas. 

Se, por um lado, o uso do GPS facilita a localização de algum ponto na cidade, por outro acaba subordinando os nossos referenciais espaciais ao uso da tecnologia. Dessa forma, o mapa mental que desenvolvemos ao longo dos anos é transferido para a memória dos aparelhos de informática. A rua, por sua vez, passa a ser entendida como mero território de deslocamento, desprovida de lugares que antes serviam como pontos de referência.

E no caso de um eventual "apagão" no sistema de satélites que sustenta os aparelhos GPS? Com o tempo e a difusão do uso dessa tecnologia, é provável que as pessoas percam por completo os sentidos de localização nas ruas da cidade. O transporte público também seria afetado, pois a frota de ônibus é controlada por satélite, de modo que é possível localizar e planejar a operação das linhas. A tecnologia é uma excelente aliada, mas é preciso atentar para o obsolescência do nosso cérebro.

1 comentários:

Anônimo disse...

Não acho que ao usar o GPS deixamos de fazer nossos mapas mentais, se a pessoa dirigir com atenção (comentário que deveria ser desnecessário, visto que dirigir requer atenção) por mais que o GPS esteja lhe indicando a rota ela vai memorizar parte do caminho.
Isso foi o que percebi tanto por experiência própria, como de conhecidos. Que se orientavam pelo GPS nas primeiras vezes que dirigiam até algum lugar, depois aprendiam o caminho, e iam sozinhos.

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