tag:blogger.com,1999:blog-35046883102450742492024-03-13T17:04:42.247-03:00geocidadeDecifrando as peças da cidadeAdriano Rangelhttp://www.blogger.com/profile/08719962495893726733noreply@blogger.comBlogger85125tag:blogger.com,1999:blog-3504688310245074249.post-71594609721667303242012-03-10T11:16:00.000-03:002012-03-10T11:16:07.358-03:00Novo blog<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-ZBytWQXUWys/T1tiDPRpE8I/AAAAAAAAA1A/SUQh9U7ypI0/s1600/4886898168_533434b484_z.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="http://3.bp.blogspot.com/-ZBytWQXUWys/T1tiDPRpE8I/AAAAAAAAA1A/SUQh9U7ypI0/s320/4886898168_533434b484_z.jpg" width="320" /></a></div>
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Mudo de blog com a mesma facilidade que mudo de carreira. Então, o que eu escrevi fica aqui, registrado. Estou, agora, escrevendo no <a href="http://www.adrianorangel.com.br/blog">www.adrianorangel.com.br/blog</a><div>
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O meu rastro na internet está aqui: <a href="http://www.adrianorangel.com.br/">www.adrianorangel.com.br</a></div>
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Vez ou outra alguma ervilha errante pode ser encontrada no macarrão, no arroz branco. O natal, ao contrário, ocupa todos os lugares e objetos possíveis, mesmo os mais improváveis. Encontrar um papai noel num shopping center é tão certo quanto achar uma ervilha numa empada. A fatalidade acontece quando somos surpreendidos com uma ervilha no cachorro-quente ou com um papai noel morimbundo pedindo esmola no sinal. O natal contamina a cidade com um falso espírito de solidariedade, ao passo que as boas almas desperdiçam comida na farta ceia e embrulham para presente as mais diversas futilidades. A espuma branca simula a neve do inverno europeu em pleno verão tropical. A gente faminta ganha alguns trocados vestindo a fantasia gorda, vermelha e quente do papai noel, ouvindo sonhos roubados de crianças. O natal ilumina o antes escuro caminho com luzes coloridas, planta pinheiros ao lado de bananeiras. Eu insisto em separar o natal da minha vida, assim como o faço com as ervilhas. Contudo, sinto que nessa época do ano o prato de todos os dias é sopa enlatada de ervilha. Se sobrevivi à sopa verde servida na casa da minha primeira namorada, no primeiro jantar com a sogra, talvez eu consiga suportar mais esse natal.</div>Adriano Rangelhttp://www.blogger.com/profile/08719962495893726733noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3504688310245074249.post-25724792143894897642010-12-10T00:57:00.000-02:002010-12-10T00:57:25.710-02:00Cidade, o cinzeiro de nossas vidas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TQGUNFTCsEI/AAAAAAAAAmU/7rHm__PhJzM/s1600/3348161158_d1ce22c3f7_z.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="http://1.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TQGUNFTCsEI/AAAAAAAAAmU/7rHm__PhJzM/s400/3348161158_d1ce22c3f7_z.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: justify;">É aquela velha história. Criam uma Lei Antifumo, torram uma grana em publicidade, contratam fiscais, armam todo o circo, mas o que não dá voto, visibilidade, fica de lado. Afinal de contas, numa cidade onde a rua foi substituída pelo shopping center, quem vai perceber a falta de lixeiras nas calçadas? Pois desde que a tal lei que proíbe o fumo em locais fechados entrou em vigor, a quantidade de bitucas jogadas nas ruas aumentou e muito. Se não bastasse a sujeira, toda aquela gente que frequentava os "fumódromos" dos prédios agora cospe fumaça bem na nossa cara, no meio da rua. Não tem um dia sequer que não tomo uma baforada ao ar livre. </div><div style="text-align: justify;">Não concordo com essa falsa conscientização que os maços de cigarro estampam na embalagem, com alertas sobre doenças e fotos de gente agonizando, brochando... Uma vez, na fila do caixa da padaria, vi um senhor resmungando ao pedir um maço de cigarro. "Troca esse maço aqui! No lugar da impotência sexual, dá o do ataque cardíaco, por favor". É claro que esse senhor fez piada da sua desgraça (pelo menos quero acreditar nisso), mas o fato é que colocar a culpa no consumidor é sempre mais fácil. O sujeito fuma desde os 13 anos e agora, com 60, demanda o serviço de saúde pública para tratar de um câncer no pulmão. Culpa do sujeito? Quem mandou fumar desde cedo, não atentar para os apelos do Ministério da Saúde, né? Pois é justamente esse o discurso do Estado e da sociedade para um grave problema de saúde pública que, infelizmente, não se restringe ao cigarro. Não quero em absoluto isentar as pessoas de culpa pelas suas escolhas. A questão é não isentar o Estado, que faz de conta que cuida do problema torrando grana com esse tipo de lei inócua ao invés de investir no bom senso (leia-se educação). </div><div style="text-align: justify;">Disse tudo isso para voltar às bitucas jogadas na rua. A falta de lixeiras não é <u>somente</u> um mero descaso da Prefeitura ou falta de bom senso de quem joga lixo no chão. Trata-se de pensar no espaço público como tal. E isso não há lei que ensine a fazer. É hipócrita o discurso que referenda a Lei Antifumo como um instrumento de melhoria da saúde pública, fazendo as pessoas vigiarem umas às outras, ao passo que faltam políticas elementares de cuidado consigo mesmo e com o lugar em que vivemos. E não demora muito para os maços de cigarro ilustrarem uma rua alagada, com os dizeres: "as bitucas jogadas no chão podem entupir boeiros e causar enchentes". Tudo bem, então, se não houver lixeiras. Como está tudo bem também com gente fumando e que não irá encontrar hospitais para remediar a sua desgraça. </div>Adriano Rangelhttp://www.blogger.com/profile/08719962495893726733noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3504688310245074249.post-42493845985845900532010-11-27T18:21:00.002-02:002010-11-27T18:25:57.339-02:00Um mês morando no busão<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TPEzof4vrmI/AAAAAAAAAmQ/JK8FKPSChvg/s1600/4027729174_3cb2c3f2bc_z.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="http://2.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TPEzof4vrmI/AAAAAAAAAmQ/JK8FKPSChvg/s400/4027729174_3cb2c3f2bc_z.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Eu, assim como a maioria dos que moram em São Paulo, perdi mais ou menos um mês do meu tempo no trânsito durante esse ano que está quase terminando. Pior do que o tempo perdido é <u>escolher</u> desperdiçá-lo em prol de usar o carro todos os dias. Definitivamente, apesar dos apuros do transporte público, esse não é o meu caso. Apesar disso, pago com o meu tempo pela insanidade dos que preferem acelerar a ler um livro durante os seus deslocamentos urbanos.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Não moro longe do trabalho, mas, mesmo assim, não consigo levar menos de uma hora para chegar. Poderia fazer o trajeto de 20 minutos (sem trânsito, ou seja, jamais) em 50, porém esmagado no 577T-Vila Gomes. Optei, então, por tomar dois ônibus e ir sentado, mesmo que isso me custe 20 minutos a mais. Afinal de contas, sempre achei um absurdo esse faz de conta da lei de trânsito, que multa quem não usa cinto de segurança no carro, mas fecha os olhos para as condições precárias do transporte público, com pessoas não apenas sem o cinto, mas viajando em pé. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Viajar sentado ameniza, mas não resolve o meu problema. De qualquer jeito, tenho que acordar mais cedo, deixar de correr pela manhã, fazer promessas nunca cumpridas de abandonar de vez essa cidade, ouvir as notícias de sempre sobre os congestionamentos de São Paulo (com tanta coisa mais importante para ser noticiada). Já que os "motoristas" me obrigam a morar um mês no busão (e, em tempo, pagar um aluguel muito caro por isso, cerca de R$ 130 por mês!), procuro usar esse tempo da melhor maneira possível. Esses dias, fiz uma lista - no próprio busão, no caderninho de bolso que sempre me acompanha - de tudo o que carrego na mochila. Não ouso entrar no busão sem o meu Ipod. Pode parecer ridículo, mas isso me poupa ter que ouvir conversas alheias sobre "a fulana que deu para o namorado da sicrana" ou assistir o último capítulo da novela na TV Ônibus. Levo também livro, a revista National Geographic do mês, o já citado caderninho de bolso (para o caso de alguma ideia aleatória ou tentativa de desenho), estojo (com toda a sorte de lápis, canetas e armas brancas) e o meu recém adquirido smartphone (o mais fuleiro de todos), um verdadeiro canivete urbano, com internet, máquina fotográfica, rádio, jogos... Num dia de chuva, quando o trânsito trava de vez, começo a trabalhar dentro do busão mesmo, conectado ao email e ao MSN, Gtalk...</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Embora o busão tenha cumprido, a contragosto, o papel da minha cadeira, da minha cama (sim, eu também costumo dormir no busão e, não sei como, acordar sem susto dois pontos antes ou, quando venho do bar, dois depois), da minha baia, da minha cozinha (sempre tem um biscoito na mochila), eu não me comporto como se, de fato, eu estivesse em casa, como fazem alguns. A pior invenção da humanidade, sem dúvida, foi esse celular com caixinha de som embutida. Se já não bastasse tamanha falta de noção, outras invenções apocalípticas se manifestam no tal aparelho, como pagode, sertanejo e funk carioca. Há também quem use o busão como sala de estar, falando alto pra caramba ao celular. Isso para não citar aqueles que, como um cara que conheci, comem marmita no busão! E quando o busão vira igreja, com fiéis tentando aumentar o seu rebanho? Afinal de contas, os tais "usuários" já estão tão acostumados com a privatização do espaço público que assistem pela janela do busão, que parecem não se incomodar com tamanha falta de bom senso. É como se eu estivesse num verdadeiro cortiço ambulante, pagando aluguel e tudo.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div>Adriano Rangelhttp://www.blogger.com/profile/08719962495893726733noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3504688310245074249.post-68236623364118873942010-09-29T09:49:00.003-03:002010-09-29T19:49:59.213-03:00Nota urbana: "apenas um bêbado deitado na calçada"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TKM1XCvjDpI/AAAAAAAAAls/yCVdRy5bIkM/s1600/5016774578_8ab20af8f1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="http://3.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TKM1XCvjDpI/AAAAAAAAAls/yCVdRy5bIkM/s400/5016774578_8ab20af8f1.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: justify;">"Ikeda, lembra de mim? Sou eu, o Osvaldo. Servimos no quartel juntos", diz o senhor com traços orientais, segurando forte a mão do outrora companheiro de combate que, nessa noite, depois de seis doses de vodka barata, foi encontrado estirado na calçada. O "apenas um bêbado", como foi rotulado por diversos transeuntes, é um senhor grisalho, oriental, com ar e vestes impecáveis e uma sacolinha na mão com três ou quatro maços de cigarro. Seria apenas mais um obstáculo humano na calçada da cidade se não fosse a generosidade das jornalistas Luciana Pioto e Estefani Medeiros, que, no caminho para o ponto de ônibus, encontraram Seu Ikeda deitado no chão, sozinho, de barriga para cima, com um dos braços sob a cabeça, na tentativa de um travesseiro, e as pernas cruzadas. Parecia estar confortável, com os olhos fechados e a respiração tranquila. O celular, jogado ao seu lado, guardava o número do amigo Osvaldo Sato, dentre muitos outros. O sobrenome oriental foi a pista que Luciana encontrou para achar alguém da família. "Osvaldo! Que porra de Osvaldo?! É o meu dentista, porra!", resmunga Seu Ikeda, numa das poucas palavras que proferiu. Em poucos minutos, Osvaldo chega, todo de branco, para reencontrar o colega que parecia não ver há muitos anos. </div><div style="text-align: justify;">Seria apenas mais um indivíduo deitado na calçada suja e escura da cidade, um louco qualquer, apenas um bêbado, mas bastou um gesto de solidariedade para encontrar o nome e a história de Seu Ikeda. Quantos outros nomes e histórias estão esquecidos nas ruas por conta da indiferença das pessoas, na cidade onde o outro parece ser apenas um obstáculo.</div>Adriano Rangelhttp://www.blogger.com/profile/08719962495893726733noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3504688310245074249.post-89165176972399622952010-09-22T23:47:00.004-03:002010-09-26T10:57:59.368-03:00DIA MUNDIAL SEM CARRO<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: justify;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TJq-ls3UW7I/AAAAAAAAAlg/JHuB9LCXMoU/s1600/diasemcarro+006.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><span class="Apple-style-span" style="color: black;"><img border="0" height="300" src="http://3.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TJq-ls3UW7I/AAAAAAAAAlg/JHuB9LCXMoU/s400/diasemcarro+006.jpg" width="400" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Em pleno Dia Mundial Sem Carro, a Avenida 23 de Maio viveu um dia como outro qualquer, de muito trânsito.</span></div></td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;">O Dia Mundial Sem Carro, data que incentiva o motorista a experimentar outros modos de transporte, foi comemorado com mais de 100 Km de filas nas ruas e avenidas de São Paulo. Como de costume, o transporte público saturado e a poluição do ar também se mostraram presentes. Afinal, porque a recusa das pessoas em deixar o carro em casa, nem que seja por um único dia? Há várias respostas para essa questão, mas eu vou preferir um outro caminho, o da circulação desnecessária.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">“Experimente ir de bicicleta. Ajude a humanizar o trânsito”, diz o cartaz elaborado por ciclistas militantes, onde se pode ver a ilustração de um casal pedalando tranqüilamente, com flores na garupa e sem a companhia de carros ou ônibus. Esse talvez seja o sonho das cerca de 300 mil pessoas que utilizam a bicicleta como meio de transporte em São Paulo. Mas o número pífio de ciclovias – a capital possui pouco mais de 40 Km de vias exclusivas para bicicletas – e a grande quantidade de acidentes envolvendo ciclistas e pedestres evidenciam a cidade destinada, sobretudo, aos carros, não às pessoas. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O paulistano perde 27 dias do ano no trânsito. A velocidade média de um carro na hora de pico em São Paulo é de 15km/h, ou, em outras palavras, apenas 1km/h mais rápido do que uma galinha. O Metrô de São Paulo transporta diariamente 2,4 milhões de pessoas, boa parte em condições insalubres. O mesmo pode-se dizer dos ônibus e trens metropolitanos. Os investimentos milionários em transporte não dão conta de atender a uma demanda cada vez maior de pessoas circulando pelo espaço. Mas será mesmo que todos esses deslocamentos são necessários? </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Humanizar o trânsito, para usar a expressão do cartaz mencionado no início do texto, é, ao meu ver, humanizar as distâncias que as pessoas têm que percorrer todos os dias na cidade. Não adianta submeter a população a pedalar dez, vinte quilômetros todos os dias rumo ao trabalho, especialmente no sítio urbano de São Paulo, com uma quantidade significativa de ladeiras no sentido periferia-centro. Trata-se, pois, de repensar a cidade, colocando a vida antes da circulação nas prioridades do planejamento urbano. Não é possível que 6 milhões de automóveis saiam às ruas, 2,4 milhões de pessoas embarquem no Metrô... É preciso aproximar moradia, trabalho e serviços. Só assim a bicicleta será viável para a maioria da população e, quem sabe, viadutos serão transformados em jardins suspensos. O Dia Mundial Sem Carro, então, daria lugar ao Dia Mundial Sem Deslocamento Desnecessário.</div>Adriano Rangelhttp://www.blogger.com/profile/08719962495893726733noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3504688310245074249.post-8739759575956024422010-09-07T22:29:00.003-03:002010-09-19T09:33:11.293-03:00VOTE NO CAVALETE<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TIbgqERwnpI/AAAAAAAAAlE/CbIXtPVwu0Y/s1600/cavalete%2Bde%2Bmadeira%2Bcartazes%2Bposters%2B11%2B3975%2B2306%2Bpropaganda%2Bpolitica%2Bbanners__58D942_1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://1.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TIbgqERwnpI/AAAAAAAAAlE/CbIXtPVwu0Y/s200/cavalete%2Bde%2Bmadeira%2Bcartazes%2Bposters%2B11%2B3975%2B2306%2Bpropaganda%2Bpolitica%2Bbanners__58D942_1.jpg" width="193" /></a></div><div style="text-align: justify;">Se já não bastassem camelôs, carros, postes, lixo e buracos atrapalhando o caminho dos pedestres, agora, durante as eleições, as calçadas viraram o lugar dos cavaletes publicitários. A lei eleitoral <a href="http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes/candidatos+desrespeitam+lei+que+rege+uso+de+cavaletes/n1237760624693.html">permite</a> a instalação dos cavaletes nas calçadas entre 6 horas e 22 horas, todos os dias da semana. O pouco espaço das calçadas é disputado por diversos candidatos, que buscam justamente os lugares mais movimentados da cidade para ilustrar rostos quase sempre sorridentes, acompanhados de uma série de números de fácil memorização. </div><div style="text-align: justify;">Quem parece não ter muitos motivos para sorrir são os pedestres, obrigados a conviver com as tais placas publicitárias no meio do caminho. As calçadas do centro da cidade, onde circulam diariamente milhares de pessoas, são as mais disputadas pelos candidatos. Faltam bancos para sentar, sobram placas publicitárias. Os cavaletes reforçam, ainda mais, o uso da rua como lugar apenas de passagem, de circulação da massa trabalhadora, negando o seu valor como espaço público de lazer e convivência. A mesma calçada negada aos mendigos, <a href="http://colunas.epocasp.globo.com/centroavante/2010/05/13/nao-posso-mais-dormir-na-se/">expulsos</a> violentamente durante a madrugada pela prefeitura, é doada aos cavaletes que vendem rostos sorridentes.</div>Adriano Rangelhttp://www.blogger.com/profile/08719962495893726733noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3504688310245074249.post-21213889357341066212010-09-04T19:00:00.005-03:002010-09-05T09:12:33.042-03:00A LUANDA DOS RICOS<div style="color: orange; text-align: center;"><i style="color: #f9cb9c;"> </i><b><span style="color: #f6b26b;">Miséria e riqueza convivem lado a lado na capital angolana. E com muros bem altos.</span></b><i style="color: #fce5cd;"> </i></div><div style="color: orange;"><br />
<div style="color: #f9cb9c;"><b><span style="font-size: x-small;">Por José Viriato</span></b></div></div><div style="color: #f9cb9c;"><b><span style="font-size: x-small;">Correspondente do Geocidade em Luanda, capital de Angola.</span></b></div><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TIK4KZ0VI9I/AAAAAAAAAkU/jO1oB86DK_k/s1600/4293930742_84e5c5137d.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="230" src="http://3.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TIK4KZ0VI9I/AAAAAAAAAkU/jO1oB86DK_k/s400/4293930742_84e5c5137d.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Musseques, espécie de favela, em Luanda, capital de Angola. Ao fundo, no horizonte, os imponentes prédios de Talatona, bairro nobre da cidade.</td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;">Mesmo no auge da crise econômica mundial, Angola contava com um franco desenvolvimento do mercado imobiliário, com facilidades fiscais, vistos de trabalho para interessados, e o imposto aduaneiro mais baixo do mundo, criadas pelo governo com a intenção de atrair o investimento estrangeiro e desenvolver os mais variados sectores da economia do país.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Neste ritmo, com alguns anos de antecedência, nascia num descampado de milhares de metros quadrados o projecto de um novo bairro nobre, que visava dar à Luanda um novo cartão de visita: O Bairro Talatona, na nova cidade de Luanda-Sul.</div><div style="text-align: justify;"><br />
O projecto inicial contava com a requalificação das estradas principais do município da Samba, com destaque para a Avenida da Samba que faz a ligação com o bairro do Morro bento, Futungo, Futungo de Bellas e Benfica; tudo localizado a sul de Luanda.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Hoje, passados alguns anos, Luanda-Sul ergue-se imponente, com um estilo arquitectonico moderno, com edifícios majestosos que maravilham os olhos de quem por lá passa, representado pelo maior e mais recente bairro nobre de Luanda, Talatona, equipado com um Shopping Center, o Bellas Shopping, O Bellas Business Park, Universidades, a SIAC (Centro Integrado de Apoio ao Cidadão) com representações de vários departamentos de todos os ministérios, estações de Destribuição de Energia e Água, praças, largos e parques; onde o estilo arquiectónico dos condomínios são de deixar boqueaberto qualquer um, arriscando até mesmo um “fio de baba” escorrer da boca! Conta também com um tráfego rodoviário significativo, já que serve de via alternativa para quem se desloca do Benfica à “Luanda Velha” (passarei a designar Luanda Velha a parte antiga da capital, onde se localizam as estruturas do estado como os ministérios, a parte baixa e alta da cidade actual).</div><div style="text-align: justify;"><br />
Até aqui, tudo bem. Agora começam os problemas que realmente tornam O Talatona em Luanda-Sul o bairro fantasma!</div><div style="text-align: justify;"><br />
<b>Especulação Imobiliária</b><br />
Muitos dizem que o problema da especulação imobiliária em Angola, especialmente em Luanda, começou por causa do bairro Talatona. Bairro nobre, recheado de condomínios fechados, com casas orçadas de 300 mil Dólares (528.270,00 Reais) a 3 milhões de Dólares (5.282.700,00 Reais), num país onde o salário mínimo nacional é de 86,5 Dólares (151,53 Reais), segundo o comunicado do MAPESS (Ministério da Administração Pública, Emprego e Segurança Social) e o custo de vida em Luanda é o terceiro mais alto do mundo, só perdendo para New York e Tokyo. </div><div style="text-align: justify;"><br />
<b>Quem realmente vive em Talatona?</b><br />
Só os ricos, novos ricos e estrangeiros podem realmente comprar, já que o pacato cidadão funcionário público que não ocupa um cargo de chefia, (e portanto, não pode desviar ou “pedir emprestado” algo como uns míseros “milhõezinhos” para encher o cofrinho) nem em vinte anos de salário mínimo vai comprar uma casa ou apartamento T3 ou T4 neste bairro. Como resultado, 60% das casas e apartamentos neste bairro, ainda estão às moscas, mesmo que muito desses 60% de casas e apartamentos já tenham donos. <br />
Tirando os moradores do bairro Benfica, Morro bento e muito boa gente que sai de Luanda Velha à Luanda-Sul pra pegar aquele cineminha a fim de curtir aquela estreia de Twilight – O Eclipse (odiei esse filme!), ou passar o final de semana na casinha de condominio fechado pra curtir um banho de piscina (com praia a menos de 1 kilómetro de distância!) poucos realmente habitam neste bairro nobre que se mostra como cartão postal da nova cidade.<br />
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<b>Enfim... A cidade Fantasma!</b> </div><div style="text-align: justify;">Apesar de durante o dia, Talatona e boa parte de Luanda-Sul ser bem movimentada, a noite a cidade se transforma num cenário de filme de terror, onde você se vê no meio de ruas largas, desertas, meio escuras, com as lâmpadas dos postes de energia eléctrica piscando; sem falar dos edifícios ainda em construção assumindo formas de girafa, dinossauro, king kong e tudo mais que sua mente fértil poder imaginar. </div><div style="text-align: justify;"><br />
As árvores escassas ajudam no cenário de desolação, onde não se vê nem alma penada circulando pelas ruas, sentadas nos bancos das pracetas e largos e os carros passam a velocidades acima de 100 Km/h, já que nem adianta ter semáforos porque ninguém atravessa a estrada!</div><div style="text-align: justify;"></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TILAaqgA6MI/AAAAAAAAAkk/pP4LOzwtj8A/s1600/4025069249_c2de0f57df.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" src="http://3.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TILAaqgA6MI/AAAAAAAAAkk/pP4LOzwtj8A/s400/4025069249_c2de0f57df.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Avenida no bairro de Talatona. Não há árvores, tampouco pessoas caminhando. Apenas carros circulam em alta velocidade.</td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;"> Meia cidade fica às escuras, ao passo que outra metade, onde “supostamente” tem gente, permanece iluminada. O shopping Center está quase sempre apinhado de gente, já que para os moradores de Talatona, este é o único local próximo onde se pode achar um pouco de distração, assistindo filmes, enganando o estômago ou ainda engordando a vista com os produtos expostos nas vitrines das lojas a preços de matar sogra! Haja bolso que aguente tanta facada!!!<br />
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<b>Onde pára a gente de Talatona?</b><br />
Para responder de forma simples e directa, a gente de Talatona pára mesmo é em Luanda Velha, onde a cidade não dorme aos finais de semana, desde o bairro pobre lá nos confins da cidade passando pela baixa, centro até a parte Alta.</div><div style="text-align: justify;"><br />
As estradas sempre em movimento, na baixa de Luanda, a Ilha de Luanda apresenta-se sempre cheia tanto de banhistas como de Jovens e não tão jovens, trajados a rigor pra “caír na noite” nos bares, pub’s e discotecas (clubes nocturnos). Restaurantes cheios, Praça da independência apinhada de jovens casais aos beijos e aqueles que na impossibilidade de frequentarem um bom ginásio, aproveitam as alteres, manguitos e barras paralelas, para cultivar os músculos com a clara intenção de ficarem Caenxe (sarados).</div><div style="text-align: justify;"><br />
No bairro pobre, o “tchilo”(do verbo angolano “tchilar” que significa, farrar, festejar, relaxar em companhia de amigos e parentes) começa no fim da tarde com a grande sentada dos mais velhos, em frente a porta da casa da tia Chica, recordando os bons tempos numa conversa acalorada, com bué(muita) de cerveja, churrasco, pincho de porco (pedaços carne de porco no espeto, assados a carvão e temperados com cebola em rodela, pimenta malagueta, sal a gosto, vinagre e óleo vegetal), cachorro quente e “motorola”(coxa de frango frito, acompanhado com pão, repolho picado, ketchup mostarda e maionese) à mistura. Na rua, Dj’s amadores controlam a música no bairro tocando Kuduro, levando crianças e adolescentes a disputar quem dança melhor. </div><div style="text-align: justify;"><br />
À noitinha, no quintal do “Mankilas”, damas e cavalheiros trajados a rigor pra riscar a pista de dança e exibir toques refinados da boa kizomba de Yola Semedo, Heavy C, Konde, Pérola e tantos outros; o bom Semba do Kota Bonga, Hélvio, Paulo Flores, Elias Diakimuezo, Yuri da Cunha, Armanda, Carlos Burity, Rei Helder, “O Proletário”, enfim; e mais lá na madrugada, quando a finúria já não é importante, visto que a primeira impressão já foi deixada, as mulheres descalçam os sapatos de salto alto, deixam os tiques de lado e dançam do bom Kuduro com toda mestria, gritando o tradicional “ Ou nos matam... ou quê!!!”, ao som das músicas de Xtrubantú, Puto Lilas, Vagabanda, “Os mais Potentes”, Nakobeta, Noite e Dia, Própria Lixa, Bruno M, Puto Prata, Saborosa, Fofandó e outros; sem esquecer o bom Funk brasileiro!!! <br />
Já pelas três horas da madrugada, a polícia chega para por fim a barulhada lá no bairro porque aquela vizinha rabugenta, também conhecida por Tia Ngongo, ligou e fez queixa por causa da música alta, alegando que a sogra, que sofre de hipertensão arterial, está doente e não consegue dormir. Grande mentirosa, a inveja mata!!!</div><div style="text-align: justify;"><br />
<b>E Talatona, o bairro nobre? </b><br />
Continua lá, aguardando o nascer de um novo dia... sozinha, deserta, carente, no escuro.<br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"> <i>José Viriato, 27, é angolano, professor de Biologia e estudante de Medicina na Universidade de Luanda.</i></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div>Adriano Rangelhttp://www.blogger.com/profile/08719962495893726733noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3504688310245074249.post-14115280238901423552010-06-30T08:00:00.000-03:002010-06-30T08:00:00.802-03:00Turismo e recursos hídricos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TCqqvvwBADI/AAAAAAAAAkE/81IJ0qL3-Vk/s1600/P1000213.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="267" src="http://4.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TCqqvvwBADI/AAAAAAAAAkE/81IJ0qL3-Vk/s400/P1000213.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O turismo é uma prática social capaz de transformar substancialmente os lugares, impondo a sua lógica. O papel do turismo internacional no processo de produção do espaço de algumas cidades brasileiras teve um incremento significativo na medida em que o espaço de circulação foi melhorado e novos objetos turísticos foram instalados em pedaços selecionados do território. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">No Brasil, as cidades litorâneas da região nordeste são alvo de grandes fluxos de turistas estrangeiros, principalmente aqueles oriundos da Europa - em especial Portugal e Espanha - significando, talvez, uma recolonização do nosso país. São vários os Resorts de luxo instalados à beira mar e, mais recentemente, as segundas-residências em condomínios murados e, inclusive, com anúncios direcionados ao turista europeu. Neste contexto, o papel das águas é de fundamental importância tanto no sentido de recurso natural quanto no significado cultural. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O avanço dos objetos turísticos sobre ambientes naturais é um dado que compromete a integridade destes últimos, causando impactos negativos significativos e, muitas vezes, irreversíveis. A poluição das águas superficiais e subterrâneas e o aumento do uso dos recursos hídricos nas temporadas comprometem o abastecimento para os moradores das cidades turísticas, causando conflitos de territorialidade. Com relação ao significado cultural das águas, é notável a relevância que o turismo de sol e praia possui em relação a outras modalidades turísticas. A zona costeira do nordeste brasileiro sofre um intenso processo de urbanização direcionada para o turismo, em especial na linha de praia, onde não raro as comunidades tradicionais são expulsas para a consolidação de objetos turísticos.</div>Adriano Rangelhttp://www.blogger.com/profile/08719962495893726733noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3504688310245074249.post-58806239635361003632010-06-29T09:42:00.000-03:002010-06-29T09:42:24.843-03:00GPS<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TCnqDsGhucI/AAAAAAAAAj8/CyGNQIWmKVg/s1600/16076.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="141" src="http://3.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TCnqDsGhucI/AAAAAAAAAj8/CyGNQIWmKVg/s200/16076.jpg" width="200" /></a></div>O GPS tem se tornado cada vez mais indispensável nos deslocamentos pelas ruas da metrópole. O seu uso nos automóveis substitui quase por completo a memorização de caminhos para acessar algum endereço. O aparelho não apenas traça a rota, mas sugere percursos alternativos aos congestionamentos da cidade, transformando, muitas vezes, pequenas ruas em avenidas movimentadas. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Se, por um lado, o uso do GPS facilita a localização de algum ponto na cidade, por outro acaba subordinando os nossos referenciais espaciais ao uso da tecnologia. Dessa forma, o mapa mental que desenvolvemos ao longo dos anos é transferido para a memória dos aparelhos de informática. A rua, por sua vez, passa a ser entendida como mero território de deslocamento, desprovida de lugares que antes serviam como pontos de referência.<br />
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E no caso de um eventual "apagão" no sistema de satélites que sustenta os aparelhos GPS? Com o tempo e a difusão do uso dessa tecnologia, é provável que as pessoas percam por completo os sentidos de localização nas ruas da cidade. O transporte público também seria afetado, pois a frota de ônibus é controlada por satélite, de modo que é possível localizar e planejar a operação das linhas. A tecnologia é uma excelente aliada, mas é preciso atentar para o obsolescência do nosso cérebro.</div>Adriano Rangelhttp://www.blogger.com/profile/08719962495893726733noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3504688310245074249.post-3275392312160825872010-06-24T14:06:00.000-03:002010-06-24T14:06:26.627-03:00São Paulo em miniatura<div style="text-align: center;"><b><object height="340" width="420"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/w0OSA35xuMs&hl=pt_BR&fs=1&rel=0"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/w0OSA35xuMs&hl=pt_BR&fs=1&rel=0" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="420" height="340"></embed></object></b></div><div style="text-align: center;"><b><br />
</b></div><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Agradecimento: Júlio César Borges Bomfim, pela indicação do vídeo ao Geocidade.</span>Adriano Rangelhttp://www.blogger.com/profile/08719962495893726733noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3504688310245074249.post-22784219546037870182010-06-23T00:01:00.000-03:002010-06-22T23:09:31.742-03:00Metrópole de A a Z<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TCFrRd5VY1I/AAAAAAAAAjs/7oLcfWuC0y8/s1600/imagem+cidade+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://2.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TCFrRd5VY1I/AAAAAAAAAjs/7oLcfWuC0y8/s400/imagem+cidade+2.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: center;">Íris Lambert, 2008</div><div style="text-align: center;">Imagem Digital</div><div style="text-align: center;">Obra disponibilizada pela artista ao blog Geocidade</div>Adriano Rangelhttp://www.blogger.com/profile/08719962495893726733noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3504688310245074249.post-14827571489190997772010-06-22T08:00:00.001-03:002010-06-22T08:00:00.443-03:00Fim de tarde outonal em São Paulo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TCAfiQ9nm2I/AAAAAAAAAjk/9ksi6x7QEOk/s1600/P1000497.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="132" src="http://3.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TCAfiQ9nm2I/AAAAAAAAAjk/9ksi6x7QEOk/s400/P1000497.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div>Adriano Rangelhttp://www.blogger.com/profile/08719962495893726733noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3504688310245074249.post-53057101899497947662010-06-21T08:00:00.003-03:002010-06-21T23:36:09.432-03:00Palavras para uma cidade, de José Saramago<div style="text-align: center;"><br />
<object height="240" width="460"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/u67q87YNOMw&hl=pt_BR&fs=1&rel=0"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/u67q87YNOMw&hl=pt_BR&fs=1&rel=0" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="460" height="240"></embed></object><br />
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</div>Adriano Rangelhttp://www.blogger.com/profile/08719962495893726733noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3504688310245074249.post-4198886713466464542010-06-18T22:40:00.000-03:002010-06-19T14:08:39.962-03:00Vista para o mar<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TBz5ZYmi8oI/AAAAAAAAAjc/9A6UIMT1xG4/s1600/P1000325.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="267" src="http://2.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TBz5ZYmi8oI/AAAAAAAAAjc/9A6UIMT1xG4/s400/P1000325.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A especulação imobiliária em Natal e nas cidades vizinhas à capital potiguar é notável na paisagem. Nos últimos anos, cada vez mais empreendimentos imobiliários disputam territórios com vista para o mar. </div><div style="text-align: justify;">Foto: praia de Pirangi, no município de Parnamirim, a 10 quilômetros de Natal, onde a maioria dos imóveis é de uso ocasional.</div>Adriano Rangelhttp://www.blogger.com/profile/08719962495893726733noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3504688310245074249.post-27783523545904510262010-06-17T08:00:00.022-03:002010-06-17T08:00:11.121-03:00Faixa de pedestres improvisada<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TBl6p20tToI/AAAAAAAAAi8/hSsNUXXEg7k/s1600/2010-06-15-faixa_ponte-usp003.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://4.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TBl6p20tToI/AAAAAAAAAi8/hSsNUXXEg7k/s400/2010-06-15-faixa_ponte-usp003.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Uma faixa de pedestres foi pintada por cidadãos - e não pela prefeitura, como era de se esperar - no acesso à Ponte Cidade Universitária, que cruza a marginal Pinheiros, em São Paulo. A ausência de sinalização era notável naquele ponto - assim como em tantos outros da cidade. A intervenção urbana foi colocada em prática durante o primeiro jogo do Brasil na Copa, quando o movimento de veículos era baixo. Além da faixa, foi pintado um aviso no asfalto, com os dizeres "devagar. vidas", alertando os motoristas para a presença de pessoas atravessando a rua. Antes da faixa de pedestres improvisada, as pessoas que circulavam pela calçada não dispunham de nenhuma sinalização para realizar a travessia com o mínimo de segurança. A ação foi divulgada pelo blog <a href="http://www.apocalipsemotorizado.net/2010/06/15/brasil-2-x-1-coreia-do-norte/">Apocalipse Motorizado</a>.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TBl64HvCzDI/AAAAAAAAAjE/jq-0IsZxSpc/s1600/2010-06-15-faixa_ponte-usp001.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://2.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TBl64HvCzDI/AAAAAAAAAjE/jq-0IsZxSpc/s400/2010-06-15-faixa_ponte-usp001.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: justify;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">O acesso à ponte Cidade Universitária, na zona oeste de São Paulo, não dispunha de qualquer sinalização para alertar os veículos para a travessia de pedestres.</span></i></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TBl7fTNh9CI/AAAAAAAAAjM/qmzUS_cvbnY/s1600/2010-06-15-faixa_ponte-usp007.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://2.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TBl7fTNh9CI/AAAAAAAAAjM/qmzUS_cvbnY/s400/2010-06-15-faixa_ponte-usp007.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: justify;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Cansados de esperar a atuação da prefeitura, que deveria sinalizar a via, um grupo de pessoas pintou no asfalto uma mensagem de advertência para os carros.</span></i></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TBl8MNBQ3JI/AAAAAAAAAjU/uaIvl64yLbI/s1600/2010-06-15-faixa_ponte-usp010.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://4.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TBl8MNBQ3JI/AAAAAAAAAjU/uaIvl64yLbI/s400/2010-06-15-faixa_ponte-usp010.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: justify;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Com a faixa pintada, os pedestres agora contam com o mínimo de sinalização para atravessar a rua.</span></i></div>Adriano Rangelhttp://www.blogger.com/profile/08719962495893726733noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3504688310245074249.post-28888555377049537022010-06-16T08:00:00.004-03:002010-06-16T08:00:05.227-03:00A cidade em frente à TV<i><b>Desligamos a televisão e saímos à rua para ver como São Paulo fica durante um jogo do Brasil na Copa.</b></i><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">A seleção brasileira dava os primeiros toques na bola enquanto eu observava, do canteiro central, o movimento na avenida símbolo de São Paulo, a Paulista. Eram 15h32 e a fila de carros não soava estranha para uma trivial terça-feira na capital paulistana. A única diferença, talvez, eram as buzinas, que hoje anunciavam a festa, a torcida, e não as tão comuns brigas de trânsito. Foi estranho pensar que todas aquelas pessoas estavam indo ao encontro de um aparelho de TV. Eu, junto com os amigos Vanderlei e Humberto, ao contrário, íamos na direção oposta, em busca das ruas da cidade, alheios ao primeiro jogo da seleção, contra a Coréia do Norte, na Copa.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TBg3kcG4Z3I/AAAAAAAAAiU/64H6YDiLDUY/s1600/transito+jogo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="223" src="http://4.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TBg3kcG4Z3I/AAAAAAAAAiU/64H6YDiLDUY/s400/transito+jogo.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Andamos até a Rua Joaquim Eugênio de Lima, numa das travessas da Paulista, onde há muitos bares. Esperávamos encontrar a rua tomada por torcedores, mas fomos surpreendidos pela audácia dos estabelecimentos em cercar parte da calçada, de modo que apenas quem estivesse dentro dos bares pudesse assistir ao jogo. No entanto, era possível espiar, por meio de uma fresta,.a partida televisionada para o mundo todo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TBg3rRrKGLI/AAAAAAAAAic/-r4snwttDds/s1600/espiadinha.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="226" src="http://2.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TBg3rRrKGLI/AAAAAAAAAic/-r4snwttDds/s400/espiadinha.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nos bares que não adotaram o cerco à televisão, as calçadas estavam cheias, enquanto que, com o avançar do cronômetro, as ruas ficavam livres de carros. Em cerca de meia hora, o dia útil transformou-se numa tarde de domingo, pelo menos até o fim da partida. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TBg3zmVLE7I/AAAAAAAAAik/UeiyTGNRAIc/s1600/alameda+santos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="http://4.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TBg3zmVLE7I/AAAAAAAAAik/UeiyTGNRAIc/s400/alameda+santos.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">No final do primeiro tempo, justamente na tradicional hora do rush, a paisagem da Avenida Paulista era de uma cidade do interior. Algumas pessoas aproveitavam o jogo para andar de bicicleta pela rua, passear com o cachorro ou simplesmente conversar sem o barulho dos carros. De vez em quando, algumas cornetas lembravam os pedestres da Copa. Todo o comércio estava fechado e os ônibus circulavam vazios.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TBg36Y-DoRI/AAAAAAAAAis/sNJDGf0GO00/s1600/paulista+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="http://3.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TBg36Y-DoRI/AAAAAAAAAis/sNJDGf0GO00/s400/paulista+2.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A tranquilidade da avenida era tanta que foi possível deitar no asfalto. Quis aproveitar o segundo tempo para experimentar um deslocamento na cidade dos sonhos. No ponto de ônibus, algumas poucas buzinas anunciaram o primeiro gol do Brasil. Cinco minutos depois, estava dentro do coletivo que me levaria para casa. Fui em pé, embora o ônibus não estivesse lotado, pois mais gente teve a mesma idéia de sacrificar a Copa em troca de um retorno tranquilo para casa. Quinze minutos depois, percorri o caminho que, todos os dias, desperdiço mais de uma hora para cumprir. Só mesmo a seleção e o fanatismo do brasileiro para dar jeito em São Paulo, no dia em que a cidade parou para assistir televisão.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TBg4AKGQv3I/AAAAAAAAAi0/1x6x1c8E4Cg/s1600/chao.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="223" src="http://3.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TBg4AKGQv3I/AAAAAAAAAi0/1x6x1c8E4Cg/s400/chao.jpg" width="400" /></a></div>Adriano Rangelhttp://www.blogger.com/profile/08719962495893726733noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3504688310245074249.post-6840943174279158732010-06-15T08:00:00.008-03:002010-06-15T08:00:07.007-03:00Grafite<span class="Apple-style-span" style="color: #6aa84f;">Escrito por Íris Lambert</span><br />
<div><span class="Apple-style-span" style="color: #6aa84f;"><br />
</span><br />
<div style="text-align: center;"><span style="font-family: Arial; font-size: 10pt;"></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWMso5o2yHiuUJ2_rfJARNQzYpXutPGRtT01ZjIaqjbRU_ajYPtWqfUvrqSe4h4E5lZLKPROgrAxwCnrrt5wzotmjhnZc1s74u4kicUljhT6rMnIiOArqPSHVIh8Xs2TmIWrJajSphzjwh/s1600/foto+iris.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWMso5o2yHiuUJ2_rfJARNQzYpXutPGRtT01ZjIaqjbRU_ajYPtWqfUvrqSe4h4E5lZLKPROgrAxwCnrrt5wzotmjhnZc1s74u4kicUljhT6rMnIiOArqPSHVIh8Xs2TmIWrJajSphzjwh/s200/foto+iris.jpg" width="200" /></a></div><div style="text-align: justify;">Andamos pela cidade e, por vezes, nos deparamos com a modificação de uma paisagem habitual. Uma das intervenções presentes no espaço urbano é o grafite, atuando como extensão de uma idéia de caráter artístico. O grafite classifica o raciocínio e a atuação de uma geração junto ao espaço do convívio e da rotina, como uma dissertação em formas, símbolos e imagens que retratam, na paisagem, novas características, manifestações e um conceito próprio. Suas qualidades percebem e expressam o ambiente que nos circunda, nossa cidade, e trazem consigo informações culturais, políticas, sociais e artísticas, tornando a arte acessível num espaço onde, com um olhar atento, é possível enxergar novos personagens, traços, linhas ou imagens que compõem e modificam a cidade do dia anterior. (Foto: Edgar Mueller)</div><div><br />
</div><div><i>Íris Lambert, 22, é artista plástica e, a convite do Geocidade, publicou este texto no blog.</i></div></div>Adriano Rangelhttp://www.blogger.com/profile/08719962495893726733noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3504688310245074249.post-27944247247396875122010-06-14T18:29:00.001-03:002010-06-14T18:40:05.289-03:00Paisagem sertaneja próxima à São Paulo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TBaetVEj37I/AAAAAAAAAiE/coi7x7NZO-A/s1600/1511572249_1b5bf7ce37.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="http://1.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TBaetVEj37I/AAAAAAAAAiE/coi7x7NZO-A/s400/1511572249_1b5bf7ce37.jpg" width="400" /></a></div><br />
<div style="text-align: justify;">A paisagem é característica do polígono das secas brasileiro, porém, trata-se da região de Itu, situada nos limites entre o Planalto Atlântico e a Depressão Periférica do estado de São Paulo, próxima à capital paulista. Cenários bizarros como este poderiam ser encontrados, também, em outras regiões do Brasil, como nas paredes do Pão de Açúcar (Rio de Janeiro) e até mesmo na Amazônia Central e no entorno do Pantanal Mato-grossense. São lugares que contam a história das condições físicas do passado, entre 23.000 e 13.000 anos antes do presente, quando o nível do mar estava a menos 100 metros que hoje e a fachada atlântica do Sul e Sudeste, banhada na época por correntes frias, sofreu um período de menos calor e maior semi-aridez, conforme explicou o geógrafo Aziz Ab´Sáber. Esta fantástica ampliação dos climas secos fez com que faixas de florestas permanecessem e se fragmentassem enquanto caatingas se estendiam. Formaram-se, então, os redutos de cactáceas que podem ser constatados hoje em subespaços extra-sertanejos. Estes lugares extraordinários, de grande importância científica, onde ocorrem cactos por entre matacões - rochas que afloram na superfície - são exceções paisagísticas que, muitas vezes, carecem de atenção e conservação.</div>Adriano Rangelhttp://www.blogger.com/profile/08719962495893726733noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3504688310245074249.post-39312313740135795552010-06-11T08:00:00.002-03:002010-06-11T08:00:06.420-03:00Bicicleta<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TBFlOHvdjXI/AAAAAAAAAh8/cRwSmgDxRi0/s1600/passeata-bikes-paulista-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://1.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TBFlOHvdjXI/AAAAAAAAAh8/cRwSmgDxRi0/s400/passeata-bikes-paulista-1.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: justify;">Márcia, como de costume, passava pela Avenida Paulista com a sua bicicleta rumo ao trabalho. Era janeiro, mês de férias para alguns, e as ruas de São Paulo estavam menos movimentadas, o que não significa que o trânsito estivesse bom - pára-se menos nos engarrafamentos, corre-se mais contra o tempo. Diferente de Márcia, fui ao trabalho de ônibus. No caminho para a Avenida Paulista, motorista e cobrador conversavam entre si. Ambos estavam preocupados com o horário de chegada no ponto final. Então, escutei o cobrador recomendar ao motorista, literalmente: "na volta, a gente chuta o pau para chegar mais cedo". Horas depois, já no trabalho, li uma reportagem na internet sobre um acidente entre um ônibus e uma ciclista. Márcia estava pedalando próximo ao meio fio, quando um motorista apressado resolveu ultrapassa-la violentamente. A manobra mal feita e ilegal fez com que o guidão da bicicleta fosse tocado pelo ônibus, derrubando Márcia que, impotente diante de um veículo pesado, teve a sua cabeça esmagada pelas rodas do coletivo. <a href="http://www.bicicletada.org/marciaprado">Márcia Regina de Andrade Prado</a>, 40 anos, não foi a primeira e, lamentavelmente, não é a última a ser assassinada pelo trânsito de São Paulo. As ideologias responsáveis por políticas públicas mal feitas são capazes de matar. Em São Paulo, o trânsito mata mais do que a AIDS, conforme <a href="http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,,243657,0.htm">noticiou</a> o jornal Estado de SP.</div>Adriano Rangelhttp://www.blogger.com/profile/08719962495893726733noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3504688310245074249.post-35921670843188366872010-06-10T08:00:00.004-03:002010-06-10T08:00:02.342-03:00A rua virou bar<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TBBL39otjgI/AAAAAAAAAh0/8kmcqLjfXUc/s1600/Sobradinhos+coloridos+na+Rua+Tagu%C3%A1+-+em+frente+da+FMU.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://3.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TBBL39otjgI/AAAAAAAAAh0/8kmcqLjfXUc/s400/Sobradinhos+coloridos+na+Rua+Tagu%C3%A1+-+em+frente+da+FMU.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">“Eu vou abrindo passagem em meio à multidão”, diz Paulo Moreira, 79, que há 44 anos mora na Rua Taguá, situada no bairro da Liberdade, em São Paulo. Vizinha à faculdades e cursinhos, a Taguá virou uma espécie de balada dos estudantes, que, quase todas as noites, extrapolam os pequenos bares e ocupam a rua. Os históricos sobrados portugueses, uns colados aos outros, são testemunhas de uma época em que a Taguá não tinha bar nem escolas, só moradias. “Foi um português, José Ferreira da Rocha, quem construiu as casas, no final da década de 1920”, recorda Moreira. O antigo morador viu, com o passar do tempo, a rua pacata sendo transformada em um bar a céu aberto, com a partida dos habitantes e a instalação das instituições de ensino nos arredores. Contudo, o simpático senhor parece não se incomodar tanto com a algazarra estudantil. Depois de um dia de trabalho – ele é técnico em radiologia -, Moreira não perdeu o hábito de bater um papo na rua, agora não mais com os seus vizinhos, mas com os comerciantes que vendem lanches a uma quadra de sua casa.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><b>Uma noite na Rua Taguá</b></div><div style="text-align: center;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: center;"><object height="344" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/rePJzFc0IKw&hl=pt_BR&fs=1&rel=0"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/rePJzFc0IKw&hl=pt_BR&fs=1&rel=0" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object></div>Adriano Rangelhttp://www.blogger.com/profile/08719962495893726733noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3504688310245074249.post-58541402327238143612010-06-09T21:53:00.001-03:002010-06-09T21:53:53.440-03:00Mudança<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TBA2VGL9xkI/AAAAAAAAAhs/ssXB4Rj4D98/s1600/mudan_a.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://4.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TBA2VGL9xkI/AAAAAAAAAhs/ssXB4Rj4D98/s400/mudan_a.jpg" width="400" /></a></div><br />
<div style="text-align: justify;">Mudar não se trata simplesmente de deixar lugares para trás, mas, ao contrário, de carregar na bagagem os lugares por onde já estivemos. Quando digo lugar, não estou me referindo apenas aos objetos que dele fazem parte - casas, ruas, montanhas. Mais do que isso tudo, o lugar é a expressão da vida, das nossas ações, dos nossos sentimentos e idéias acerca do mundo e de nós mesmos. Os objetos construídos pela sociedade são as formas visíveis das nossas ações no território.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Um turista carrega consigo o seu lugar de origem. Exemplo disso são as casas de veraneio, com muros altos, alarmes de segurança, cercas elétricas, reproduzindo o modo de vida das grandes cidades em lugares antes pacatos. Há um jeito de se fazer os lugares que é inerente às nossas experiências territoriais.</div>Adriano Rangelhttp://www.blogger.com/profile/08719962495893726733noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3504688310245074249.post-7699785634244970802010-06-08T08:00:00.002-03:002010-06-08T08:00:02.397-03:00Tempo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TA2uoUjXDEI/AAAAAAAAAhk/7OIMucKhczc/s1600/semcarrox+(1).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="133" src="http://4.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TA2uoUjXDEI/AAAAAAAAAhk/7OIMucKhczc/s400/semcarrox+(1).jpg" width="400" /></a></div><div><br />
</div><div style="text-align: justify;">A gente corre, se acotovela, se atropela. E se pára um minuto para perceber a cidade, dá de cara com a insanidade e a poesia. As mesmas linhas fazem desenhos diferentes e a luz dá novos tons ao caminho de todo dia - quando a gente deixa de correr contra o tempo e o aproveita sem deixar a vida escapar.</div><div style="text-align: justify;">Foto e texto: <a href="http://www.flickr.com/people/gle/">Gleice Bueno</a>, jornalista e fotógrafa.</div>Adriano Rangelhttp://www.blogger.com/profile/08719962495893726733noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3504688310245074249.post-34754994022016152712010-06-07T08:00:00.001-03:002010-06-07T09:32:09.764-03:00As transformações do tempo<div style="text-align: justify;">São Paulo é uma cidade cheia de histórias, contudo ao passar pelas ruas não observamos sua composição. Às vezes por falta de tempo, outras porque os objetos, prédios, as esculturas e ruas tomam outras dimensões com o passar dos anos e certas peculiaridades acabam sendo esquecidas ou escondidas.</div><br />
<div style="border: medium none;"><div style="border: medium none;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbItcm9lgK2mWxPkfvSFVhfTBTWr5XqsmHVOzTYthna71YZShf6HMT_0LrGvH1aDWmbWtxrhUho_LAkDapi6PzHReW8g2wgXYiCKugDnsUptZrMcAZKsWekma6neq4okd2nI7wrC04Uto/s1600/DSC04544.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" gu="true" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbItcm9lgK2mWxPkfvSFVhfTBTWr5XqsmHVOzTYthna71YZShf6HMT_0LrGvH1aDWmbWtxrhUho_LAkDapi6PzHReW8g2wgXYiCKugDnsUptZrMcAZKsWekma6neq4okd2nI7wrC04Uto/s200/DSC04544.JPG" width="200" /></a><br />
<div style="text-align: justify;">O primeiro monumento artístico construído na cidade é o Obelisco da Memória, formado no ano de 1814. Localizado no Largo da Memória, ele era chamado na época de Pirâmide do Piques. Seus autores queriam homenagear a iniciativa do poder público pela realização de uma série de benfeitorias, entre elas a construção de um chafariz próximo da “pirâmide”.</div></div></div><div style="border: medium none;"><br />
</div><div style="border: medium none;"><div style="text-align: justify;">Em 2005, a obra foi restaurada. Na época, as maiores dificuldades encontradas foram decorrentes do vandalismo sofrido pelo monumento, que sempre é alvo de pichadores. </div></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Hoje, quem passa pelo monumento quase não o percebe, o obelisco fica entre prédios e ao lado de uma das árvores mais velhas de São Paulo. Seu tamanho e importância parecem ter diminuído com o crescimento da cidade.</div>Jackline Almeidahttp://www.blogger.com/profile/10915506494740913202noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3504688310245074249.post-49130999643065147072010-06-02T08:00:00.014-03:002010-06-02T08:00:05.125-03:00Setecentos mil anos de progresso<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TAW1vIEUa2I/AAAAAAAAAhc/tXfogNCclfY/s1600/6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="357" src="http://4.bp.blogspot.com/_kTQPV_G-yYU/TAW1vIEUa2I/AAAAAAAAAhc/tXfogNCclfY/s400/6.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: center;">De Alfred Joseph Frueh, publicado no The New Yorker, 25 de julho de 1925</div>Adriano Rangelhttp://www.blogger.com/profile/08719962495893726733noreply@blogger.com0